Patricia Cabot – A Dama da Ilha

Não é segredo pra ninguém o quanto eu sou fã de Meg Cabot! Ela é uma escritora muito diva que está no meu coração desde… sei lá, desde sempre! E, aliada a minha paixão por esta grande autora, está o meu vício por romances históricos! Aqueles que muitas vezes são julgados e desprezados por outros leitores mesmo. Mas eu não me importo, porque amo ler esse tipo de livro e nada me demove disso.

E, para quem não sabe, os primeiros livros de Cabot foram justamente deste gênero. Ela começou escrevendo sob o pseudônimo de Patricia Cabot, lá pelo final dos anos 80 e início dos 90. Segundo a própria autora, ela usava o pseudônimo na esperança de que sua avó não descobrisse a profundidade dos romances da neta ou seja, as safadezas que ela escrevia.

Graças aos céus, hoje ela é muito famosa e, vira e mexe, ainda tem editoras em vários países (inclusive no Brasil) publicando estes primeiros livros que ela lançou. Um deles é Pode Beijar a Noiva, resenhado aqui no blog. E o livro de hoje é o mais novo lançamento da Essência: A Dama da Ilha.

Essa é a história de Brenna Donnegal, uma jovem rebelde e muito a frente do seu tempo. Seu pai é um médico e lhe ensinou os desígnios da profissão (já que por ser mulher ela não deveria estudar, e sim aprender a agradar um marido).

Após uma grave epidemia de cólera na pequena ilha escocesa onde mora, ela está atrás de uma cura. Porém o Conde de Glendenning, dono das terras daquela ilha, não desgruda do pé da moça: quer porque quer se casar com ela.

Para fazer desisti-la do ofício de médica da população e da busca pela cura da cólera da qual ele nem desconfia, na verdade, ele contrata Reilly Stanton. Ele é um marquês com um consultório médico em Londres, mas que depois de ser rejeitado pela noiva decide ir aquela recôndita ilha para provar a todos que não é um inútil.

Ele já chega no local em uma situação inusitada, e cômica, eu diria. A partir daí vão chover faíscas entre os dois, já que ambos querem ocupar o mesmo posto e o conde ainda fica infernizando a vida deles!

Infelizmente, não gostei tanto deste livro quanto dos demais de Patricia. Apesar da fórmula ser a mesma, achei a narrativa mais fraca e lenta do que a de Pode Beijar a Noiva, Aprendendo a Seduzir, A rosa do Inverno ou Portrait of My Heart.

Os protagonistas, principalmente Brenna, não conseguiram me cativar, o que prejudicou um pouco a trama. Também não gostei do pano de fundo da medicina e descoberta dos motivos da cólera, achei que ficou deslocado da proposta do livro.

Para quem quer ter uma noção de como são os romances históricos maravilhosos de Cabot, basta pegar como exemplo Liberte Meu Coração, escrito pela personagem Mia Thermopolis, da série mundialmente famosa O Diário da Princesa. E A Dama da Ilha ficou muito aquém da obra de “Mia”, se me permitem dizer.

Recomendo o livro para quem é fã da autora e deste estilo literário: aqueles que, assim como eu, não conseguem deixar passar nenhum lançamento de Cabot com certeza irão desejar este livro. Mesmo assim, fica o aviso de que talvez este não esteja no mesmo nível dos demais.

Avaliação (de 1 a 5):

P.S. Não poderia deixar de comentar que a capa ficou lindíssima *-*

Libba Bray – Anjos Rebeldes

Se você ainda não leu o primeiro livro, confira aqui a resenha de Belezas Perigosas, para que possa entender melhor a estória. Esta obra é a continuação da série Gemma Doyle e o considerei melhor que o primeiro! Gostei mais dele por diversos motivos, embora minha revolta com a personagem por sua ingenuidade e falta de vontade tenham chegado ao ápice no meio do livro, foram esmaecendo no final, que foi bem satisfatório.

A história começa com Gemma indo passar a temporada do Natal em Londres para encontrar um pretendente! Ela atrai a atenção de um jovem bem apessoado (e o mais importante, muito rico). Só que ela não consegue esquecer de um belo indiano que ronda seu caminho…

Porém os problemas dela e suas amigas não desapareceram magicamente depois do triste episódio do final do livro anterior. As meninas continuam me dando nos nervos. Não consigo entender como a protagonista consegue confiar segredos importantes a pessoas tão obviamente maldosas.

Não posso contar muito sobre a história em si porque não quero revelar spoilers. Porém posso afirmar que alguns pontos importantes são revelados e as cenas de ação são muito boas!!! Descobrimos muito mais coisas sobre o lado sobrenatural da personagem e embarcamos em  uma grande aventura com ela.

Além disso, achei a capa muito linda, e merece elogios a edição e revisão da Rocco. Entretanto, não posso deixar de mencionar a demora na publicação do último livro da trilogia, “The Sweet Far Thing ” que foi lançado em 2009 nos Estados Unidos e que aguardo com curiosidade!

A obra não merece cinco estrelas, pois na minha opinião a história do livro teria mais potencial fazendo alterações no comportamento de Gemma. Ainda assim, é uma boa dica para quem curte o gênero sobrenatural.

Avaliação (de 1 a 5):

Libba Bray – Belezas Perigosas

Muito bom! O livro conta a história de Gemma Doyle, uma garota que vai para um colégia interno aprender a ser uma dama depois da morte da mãe. Achei a história fascinante, embora um pouco clichê em alguns aspectos, como as meninas populares e malvadas da escola. Porém tenho algumas críticas ao livro. Achei que o romance poderia ser mais abordado e em algumas partes a narrativa se torna confusa ou muito repetitiva. Mas principalmente, meu maior desagrado foi com a personagem principal: para mim heroínas com poderes sobrenaturais devem ser, no mínimo, inteligentes! A menina é muito ingênua, bobinha mesmo, e me irritou em diversos momentos. As garotas que ela chama de ‘melhores amigas’ só aprontam com ela e no final ainda fazem bem pior e ela não faz nada. Aceita numa boa como se nada tivesse acontecido. E ainda tem paragrafos onde o pensamento dela se volta para coisas como ciúmes da amiga conversando com outra e banalidades quando o mundo a volta dela esta com sérios problemas. Talvez a autora quisesse retratar a ingenuidade das mulheres daquela época, mas pra mim ficou meio forçado. Ela conta seus segredos mais íntimos e perigosos para pessoas em que está na cara que não da pra confiar!!!
Mas o livro tem muitos pontos positivos a serem exaltados: Gemma não é como a maioria das personagens principais de 17 anos, que não expressam claramente desejos sexuais, ela fantasia muito com o indiano de quem gosta, mas não vai a luta para conseguí-lo também. Os costumes e direitos e deveres das mulheres são muito bem retratados, assim como a vida das meninas em colégios internos. Outro fator que merece aplausos é o uso de uma personagem com epilepsia, achei bem legal pois é pouco visto nos livros de ficção, principalmente históricos. Enfim vale a pena ler o livro com certeza e ele teria tudo para ser ótimo se não fossem esses defeitinhos que eu não gostei na protagonista, portanto 4 estrelinhas!!!

Avaliação (de 1 a 5):