Pittacus Lore – Eu sou o número quatro

Diferente e ao mesmo tempo um clichê, tenho que confessar que adorei ler este YA book sobre aliens. Eu sou o número quatro é o primeiro volume de uma série chamada Os Legados de Lorien. O autor tem uma narrativa fluida, de fácil compreensão e bem gostosa de se ler. A capa não me agradou, gostaria que tivesse feito uma somente para o livro. Estas capas de filmes não são muito legais na maioria dos casos. Mas durante toda a leitura me peguei imaginando como os acontecimentos seriam em um filme, acho que esta obra foi feita para ir às telonas. Muitas cenas de ação e luta no final, romance e suspense durante todo o decorrer da história.

Quatro é um alienigena que nasceu no planeta Lorien, somente um dos vários planetas habitados no universo. Este lugar já existe há 25 mil anos e passou por algo muito semelhante ao que a Terra hoje passa, extinção dos recursos naturais. Porém os habitantes se mobilizaram antes do derradeiro fim e conseguiram salvar Lorien, que se desenvolveu plenamente. Mas o planeta habitado mais próximo, Mogadore, não foi tão consciente e extraiu tudo de bom que sua terra tinha. Antes da destruição, eles partem para Lorien com o plano de se apoderar de todas as riquezas naturais de lá. Assim, quando Quatro ainda era criança, foi levado junto com outras 8 crianças em uma nave para a Terra. Tudo que ele se lembra são fragmentos de luta, terror e morte em seu planeta de origem.

Para sobreviver na Terra e fugir dos Mogadorianos, é lançado um feitiço nas crianças. É uma proteção complexa, que faz com que só possam ser mortos na ordem de seus números. E após a morte do número Três, o garoto sabe que é o próximo, afinal ele é o número Quatro. Ele tem vivido em fuga, nunca permanecendo por mais de  nove meses no mesmo local. Mas ao se mudar para Ohio e assumir a identidade de John Smith, tudo que ele deseja é sossego. Lá ele conhece Sam, um garoto aficcionado por teorias de conspiração alienígena e Sarah, uma linda garota que é tudo que Quatro sempre sonhou. Viver uma paixão é algo novo e também muito arriscado, pois a qualquer momento ele poderá partir sem pode nem se despedir.

Assim se desenrolam as aventuras deste garoto, lutando, sobrevivendo e tendo esperança de um dia poder voltar e repovoar a sua terra. A descrição que temos de Lorien é linda e muito detalhada, adorei este universo fantástico e paralelo criado pelo autor. Os sentimentos de Quatro também são notáveis, e vão aflorando no decorrer da trama.

É um livro que tanto homens quanto mulheres podem gostar. Tem tudo que eu gosto em um YA book sobrenatural e foi uma experiência muito agradável ler uma obra de um tema que até então só tinha visto nos cinemas. O final deixa muitas coisas em aberto e estou ansiosa pelo segundo volume da série The Power of Six, que ainda não foi lançado. Espero que não demore!!!

Avaliação (de 1 a 5):

Livros desejados #3

Olá pessoal! Faz tempo que não compartilho com vocês meus desejos literários. Mas podem apostar que a lista só cresce a cada dia. Por isso venho mostrar novamente as obras que estão no topo da minha extensa listinha!!!

Começo com Perdida, da escritora brasileira Carina Rissi. Este livro parece ter um história muito romântica e divertida. Já li diversas resenhas sobre ele e todas discorrem em ótimos elogios. Já encomendei na livraria, mas parece que tudo demora para chegar aqui no Rio Grande do Sul!!!

Outro livro nacional que estou doida para ler é Sábado à Noite, lançado de forma independente por Babi Dewet. O que ainda me impede de realizar a compra é, como sempre, o dinheiro!!! Dá para saber mais sobre o livro e a autora aqui e ainda conferir as ótimas resenhas que ela escreve!

Outro livro que quero muito e já faz tempo é A caçadora, da autora Vivianne Fair. Vocês podem conhecer mais sobre ela e sua obra no blog Recanto da Chefa (do qual eu só fã)!!!

Este livro acaba de ser lançado pela Harlequin e é o quarto de uma de minhas séries favoritas, Senhores do Mundo Subterrâneo. Cada livro conta a história de um dos Senhores e este fala sobre o guardião da dúvida. Estou muito curiosa para saber como ele irá lidar com seu demônio e mesmo assim ter uma relação com alguma mulher.

Este livro está sendo amplamente divulgado por vários blogs literários e cada vez fico mais curiosa para lê-lo! Parece extremamente divertido e empolgante. Quero ler looogo!!!

Depois de ler O noivo da minha melhor amiga e amar, estou ansiosa por mais um livro de Emily Giffin. Vi este livro na livraria e fiquei super empolgada para comprar (mas eu fui forte e não levei, tenho que me controlar)!!!

Este livro é uma sequência de A vidente, do qual gostei muito. A editora Lua de Papel fez uma ótima produção nestes livros (amo as fitinhas para fechar os livros) e também estou mega curiosa para lê-lo!

A continuação de Interligados está me deixando na maior expectativa. Adorei o primeiro volume (o que me faz lembrar que não fiz uma resenha aqui para o blog ainda, coisa feia) e o final me deixou muito curiosa. Já falei que amo Gena Showalter?

Ah, nem dá pra começar a falar o quanto desejo este livro. A série Outlander é viciante e o primeiro volume, A viajante no tempo, é simplesmente divino (tenho que fazer resenha para este também)!!! Pena que os volumes sejam tão caros e estejam sempre esgotados.

Por fim, mas não menos importante, Pode beijar a noiva é o lançamento da Planeta pelo selo Essência e eu PRECISO tê-lo aqui em casa. Amo os livros deste pseudônimo da diva Meg Cabot. Recomendo à todos!!!

Emily Giffin – O noivo da minha melhor amiga

Me interessei por este livro depois de ler uma resenha muito empolgada da Julianna do Lost in chick-lit. Só que esbarrei em um pequeno problema, o livro estava esgotado em todas as livrarias! Porém, ao saber do lançamento do filme, novamente me animei e fiquei muito contente ao saber que a Editora Agir lançaria uma nova edição. Amei a capa (apesar de não gostar muito das capas de filmes eu achei esta melhor do que a primeira) e corri para livraria garantir o meu exemplar!

O livro é realmente um ótimo chick-lit, um drama, mas mesmo assim muitíssimo engraçado e divertido. Não tinha lido nada de Emily Giffin até agora, mas fiquei ansiosa para ler outros romances da autora. Também quero muito ver o filme, pois o trailler ficou divino e me deixou louca de vontade de ir ao cinema!

A trama conta a história de Rachel, uma advogada de Nova York que odeia seu emprego e sempre foi a menina certinha, sempre à sombra de sua melhor amiga Darcy. Darcy é uma mulher que sempre consegue tudo o que deseja, beleza, amigos, dinheiro e é claro, o homem dos sonhos. E Rachel sempre acaba sendo obrigada a aceitar cada mínima vontade da amiga que monopoliza tudo ao seu redor. Eu compartilhei sim a aversão de Rachel à Darcy, mas também achei que ela poderia ter feito algo para mudar este quadro muito antes (antes do dia fatídico do seu aniversário de 30 anos) sendo menos passiva e submissa.

No dia de seu aniversário Rach acaba dormindo com Dex, seu melhor amigo da faculdade, que teria sido seu companheiro ideal se ela tivesse lutado por ele naquela época ao invés de entregá-lo de mão beijada para Darcy. Agora ele é noivo de sua melhor amiga e acorda em seus lençois. Isto foi uma coisa meio forçada na história, ela só percebe que ele é o amor de sua vida depois de estar  a 3 meses de um casamento do qual ela vai ser madrinha? No fundo Rachel foi uma mulher fraca em sua juventude (é claro que aí entra toda a questão de Darcy sempre ser a favorita de todos e até da mãe de Rach, o que obviamente a deixou com uma baixíssima auto-estima) e na minha opinião se deu conta tarde demais do que queria na vida. Porém concordo com o ponto de vista da autora, antes tarde do que nunca. Não acho que quando os dois percebem que se amam devam continuar com o casamento. Mas também não creio que o melhor seja partir para a traição. O que eu teria feito seria contar logo para a minha amiga (que no fundo não era tão amiga assim, apenas gostava de competir comigo em tudo) e ficar com o cara apesar de tudo.

Mas não é isso que acontece no livro e logo Rach se vê em um drama, consumida pela culpa mas ao mesmo tempo querendo continuar tendo um caso apenas para experimentar pela primeira vez a felicidade. O livro tem um enredo muito bem construído e personagens muito verdadeiros. Apesar de não achar certo a traição é óbvio que torci muito pelos dois desde o início. A protagonista é cativante e nos faz amá-la logo de cara, mesmo comentendo alguns grandes erros. Mas também, quem nunca errou nesta vida?

É um livro de mulherzinha que, entretanto, nos faz refletir muito sobre a moral, os padrões de certo e errado que são aceitos na sociedade, sobre a traição e o amor, sobre a capacidade de competição acirrada das mulheres desde crianças (francamente, que vergonha para o nosso gênero!!!) e, assim como o livro Um Dia que resenhei ontem, me fez pensar em como deixamos passar a chance de sermos felizes por medos bobos ou falta de confiança em nós mesmos.

Recomendo demais a leitura deste livro para todos, porque já deu para perceber que cada um sempre tira suas próprias conclusões ao fim da obra e independente de concordar ou não é muito interessante confrontar as diversas formas de análise que as pessoas fazem deste tema tão controverso quanto a infidelidade.

Capa Original:

Avaliação (de 1 a 5):

David Nicholls – Um dia

Lindo, sincero, emocionante, instigante, espirituoso, inteligente, sagaz, engraçado, comovente, profundo, tocante, sensacional. São muitos os adjetivos que podem ser aplicados a este livro que, como diz a contracapa, “está destinado a se tornar um clássico moderno”. Se vocês forem à livraria e pararem para analisar este livro ficarão tão impressionados quanto eu com a quantidade de elogios que estão espalhados pelo livro. E a obra não deixou para menos. Amei a leitura. Me emocionei, chorei e sofri. Mas acima de tudo aprendi grandes lições de vida. Como que a felicidade sempre pode estar bem na nossa frente e mesmo assim não enxergarmos. Como devemos aproveitar cada minuto do nosso tempo e dedicar aqueles que gostamos. Como somos bobos e inconsequentes quando jovens, muitas vezes perdendo um tempo precioso ao lado de quem amamos. Mas enfim, fiquei sentimental com o fim da leitura. Vamos a história.

Emma Morley e Dexter Mayhew estudaram na mesma faculdade, mas não se conheciam até o dia de sua formatura. Na festa eles acabam ficando juntos e indo para o apartamento da garota. Depois de passar uma noite dormindo “abraçadinhos”, dividindo sonhos, desejos e esperanças para o futuro, eles sentem que uma conexão foi criada. Porém, Emma sabe que este jovem belo e rico deseja mais do que uma namoradinha. Ele quer sair e ver o mundo. Aproveitar cada lugar e dormir com quantas mulheres for possível. Já ela quer mudar o mundo, mesmo que apenas em poucos gestos, num lugar pequeno. Mas também não sabe como fazer isso. Assim, naquele 15 de julho de 1988 eles se separam e seguem caminhos distintos. Entretanto, como eu disse, uma conexão foi criada entre eles e mesmo que o romance não tenha evoluído, uma intensa amizade surge entre eles.

O diferencial deste livro está claro pelo título. Um dia. Este um dia é tudo o que temos da vida dos dois. A cada ano, somos apresentados ao estado em que se encontra a vida dos protagonistas no dia 15 de julho. Por vinte anos a amizade permanece, com altos e baixos, supresas, alegrias, encontros, desencontros e reencontros. E este dia é sempre muito especial de um jeito ou de outro. É um dia marcante para a vida dos dois, mesmo que de maneira subjetiva.

O livro é realmente despretencioso e sincero. A veracidade contida nos personagens é o que mais impressiona. Os dois tem tantos desejos, medos, defeitos e qualidades quanto qualquer um. Dex às vezes tem mais defeitos do que o normal, admito. Mas mesmo assim, lá estão eles juntos, Dex e Em, Em e Dex. Este livro é um relato simples e direto da vida. Da vida de um casal de jovens que tem tudo para ser feliz, mas se perde por medo, orgulho ou simplesmente pelo tempo.

Realmente fiquei comovida com cada capítulo, cada descoberta que fazemos sobre o que mudou naquele ano. E os sentimentos deles são tão verdadeiros que é impossível não se emocionar e se envolver profundamente com a narrativa. Está mais do que recomendado. Uma leitura profunda e ao mesmo tempo divertida. Com tiradas engraçadas, situações do cotidiano que se transformam vistas sob outra perspectiva.

Descobri este livro através de uma resenha da Camila do Leitora Compulsiva e se quiserem saber mais sobre ele confiram lá! Realmente é um livro notável e que com certeza merece ser lido!

Avaliação (de 1 a 5):

Cally Taylor – O céu vai ter que esperar!

Amei este livro. Ah, como é fácil fazer uma resenha quando a gente gostou tanto da obra!!! “O céu vai ter que esperar!” de Cally Taylor foi uma grata surpresa. Esperava um chick-lit comum e me deparei com uma obra repleta de criatividade, emoção e romance. A história gira em torno de Lucy que está prestes a se casar com seu homem dos sonhos: Dan. Ele é o legítimo Príncipe Encantado® e é incrível como em poucas páginas eu já havia me apaixonado por ele.

O romance dos dois é muito fofo, ela está a todo vapor com os preparativos para o casamento e tudo se encaminha para o final feliz. Porém, um dia antes de trocarem as alianças, Lucy sofre um acidente (um tanto inusitado) e morre. Sim, isso mesmo, ela MORRE!!! Agora você deve estar pensando: então qual é a história??

Bem, o fato é que como ela morreu com negócios pendentes para resolver (ou seja ela deveria levar uma vida feliz e estável ao lado de Dan), e assim que chega ao limbo São Bob lhe dá duas opções: ou Lucy vai para o céu viver eternamente na paz ou ela pode voltar à terra como uma morta-viva e se conseguir cumprir uma missão em 21 dias poderá ser fantasma e ficar ao lado de seu amor deste jeito para sempre. E como ela não quer saber de ficar sem seu príncipe, aceita a missão sem pensar duas vezes.

Não vou revelar qual é esta missão porque é bem mais divertido ler e rolar de rir. Mas posso adiantar que nesta jornada ela conhecerá tanto pessoas quanto mortos-vivos incríveis e que vale a pena se encantar com esta história.

O final me deixou surpresa, certamente não esperava pelo que aconteceu. Mas foi totalmente genial por parte da autora e me deixou mais que satisfeita. Para os amantes de comédias românticas este livro com certeza é imperdível.

E é claro que eu não poderia deixar de elogiar e parabenizar a editora Bertrand Brasil pela maravilhosa edição. O texto é muito bem graficado e revisado e a capa é um show, linda e que tem tudo a ver com a trama do livro! Leiam!!!

Avaliação (de 1 a 5):

P. C. Cast – Deusa do Mar

Deusa do Mar, romance da escritora P. C. Cast (famosa pela série escrita em parceria com sua filha Kirsten Cast, House of Night) é o segundo livro que eu leio sobre sereias. Posso afirmar com sinceridade que gostei muito deste tema e que as histórias são muito boas. Esta obra também tem seus méritos, apesar de algumas inconsistências e fraqueza da narrativa de Cast em alguns momentos.

Christine Canady é uma sargento das Forças Aéreas dos Estados Unidos que, na noite de seu aniversário resolve fazer um ritual para pedir à deusa Gaia magia em sua vida. (Na verdade as inconsistências já começam por ai, pois achei muito forçado uma mulher como ela fazer este tipo de ritual mágico assim, do nada).

Ela acaba sofrendo um acidente de avião no dia seguinte e cai no mar, onde encontra uma sereia chamada Ondina que se oferece para trocar de corpo com Chris. Ela aceita e se transforma naquela linda sereia, porém havia um forte motivo para Ondina querer trocar de lugar com ela: Sarpedon. Este tritão é meio-irmão da sereia e deseja a irmã ardentemente, fazendo de tudo para possuí-la. Logo que Chris passa pela transformação é atacada por ele. A moça consegue fugir, mas sabe que está em perigo no mar. Por isso, com ajuda da deusa Gaia ela se refugia em terra como humana. Acontece que ela sente saudades de Dylan o tritão sexy que a salvou enquanto ainda era uma sereia. Agora tudo que ela mais deseja é voltar para o mar e para os braços de seu amor.

O livro não foi dos melhores que eu já li pelas incoerências que se apresentam (como o fato de Ondina na verdade ser uma interesseira, pois sabia que Chris corria perigo mas em nenhum momento alguém fala sobre isso, ou o fato de que não sabemos o que aconteceu com o corpo de Chris que Ondina estava usando e no final os acontecimentos ficam totalmente sem pé nem cabeça graças a isso). Mas no geral achei uma leitura leve e que serve muito bem para passar algumas horas agradáveis.

Avaliação (de1 a 5):

Clary Dowling – O divórcio dos meus sonhos

O Divórcio dos meus Sonhos de Clary Dowling, é um chick-lit pra lá de bom! Leve, divertido e inteligente, retrata uma situação que poderia acontecer com qualquer uma de nós.

Jackie Ball é uma mulher que acredita no amor e se lança a ele com todas as forças. Então quando o bonitão Dan a pede em casamento após seis meses de namoro, ela não pensa duas vezes em responder um sonoro sim!

Porém existe um pequeno detalhe pendente na vida de Jackie: o seu atual marido Henry. Eles estão vivendo separados há um ano e meio, mas ainda não pediram o divórcio. Agora com a chegada de um novo pretendente ela precisa entrar com a papelada para ser, definitivamente, uma ex-mulher.

Entretanto existem muitas questões que foram deixadas em aberto no fim do relacionamento dos dois e Henry não vai abrir mão de saber os motivos do término assim tão fácil. Ele se recusa a dar o divórcio até que Jackie explique porque foi embora no primeiro aniversário de casamento dos dois deixando apenas um bilhete escrito “adeus”.

Com muitas confusões e gargalhadas pelo caminho, acompanhamos a trajetória desta mulher obstinada e persistente. Ela é avoada, apressada e, por vezes, acaba fazendo besteira pelo seu modo de ser. Porém entendi ao longo da história que, no fundo, ela só quer ser feliz e ter amor em sua vida.

O livro cumpre otimamente seu papel, me diverti demais durante a leitura! A família de Jackie merece destaque especial por e render tantas boas risadas.

Leiam e se surpreendam!

Avaliação (de 1 a 5):

J. R. Ward – Amante Eterno

Amante Eterno, segundo volume da série Irmandade da Adaga Negra, de J. R. Ward, conta a história do mais lindo dos Irmãos: o amaldiçoado Rhage. Há muito tempo este guerreiro ofendeu a santidade do mundo vampírico, a Virgem Escriba. Como castigo ele foi amaldiçoado: tem uma besta dentro de si e toda vez que se descontrola ou está frustrado sexualmente ela irrompe de dentro dele e ataca qualquer um que atravesse seu caminho.

Depois de muitos séculos convivendo com a besta ele não se importa com mais nada além de lutar. Apesar de dormir com várias mulheres para extravasar a raiva e não libertar a besta, ele não se envolve com ninguém e não nutre esperanças de algum dia compartilhar a sua vida com um a fêmea.

Mas tudo muda quando ele conhece uma humana chamada Mary. Ela é doce e sua voz melódica é um bálsamo para os ouvidos de Rhage.

Porém, além de ser de outra espécie, existem vários empecilhos para o amor dos dois. A sociedade redutora, maior inimiga dos vampiros, representa uma ameaça para qualquer um que se associe à Rhage. Além disso, Mary está muito doente e não há nada que o belo vampiro possa fazer para salvá-la.

Apesar de todas as ocorrências contra, este casal vai mostrar que o amor e a paixão sempre são possíveis. A escrita de Ward é magnífica e eu sou muito fã desta série. Rhage é forte e sedutor enquanto Mary é o contraponto perfeito com sua doçura e amor. As cenas quentes do livro são ótimas e muito bem narradas, sem cair na perversão e vulgaridade.

Recomendo!!!

Avaliação (de 1 a 5):

Cassandra Clare – Cidade das Cinzas

Cidade das Cinzas, segundo volume da série Instrumentos Mortais de Cassandra Clare, conseguiu (para mim) ser muito melhor que o primeiro. Cidade dos Ossos foi um tanto decepcionante, apesar da criatividade inegável da autora, pois senti nitidamente que ela se perdeu ao longo da trama. Porém os mistérios, romances e aventuras, mesclados com personagens muito bem embasados transformaram um livro que era no máximo regular em uma obra muito boa.

Clary e Jace são, sem sombra de dúvidas, o casal mais estranho dos young adults atuais. Principalmente depois da chocante revelação no final do primeiro volume. O que não quer dizer que eu não torça muuuuito por eles (aliás, neste livro tive muita pena da Clary, também não saberia o que faze ou como agir na situação em que ela se encontrava). Jace é um caçador de sombras bad-boy que com certeza rouba a cena toda vez que aparece em algum diálogo!

Achei este segundo livro mais bem desenvolvido, embora continue me perdendo um pouco durante a narrativa. A autora nos apresenta vários fatos jogando muita informação em cada página, o que por vezes prejudica o entendimento. (Não há nada pior do que precisar reler várias vezes um diálogo para compreender quem falou o que).

A abordagem de Cassandra Clare faz aos nephilins e outros seres do sub-mundo é fantástica, adoro os caçadores de sombras, suas estelas e seus símbolos de proteção. Inclusive achei genial o enfoque que ela dá ao “poder” de Clary.

Dou quatro estrelas por acreditar que esta história ainda pode melhorar muito mais no decorrer da série. E que venham City of Glass e City of Fallen Angels!!!

Avaliação (de 1 a 5):

Harlan Coben – Não conte a ninguém

Amei. Amei. Amei!

Durante esta semana eu estava passando por um momento muito crítico quanto à literatura. Eu não conseguia ler nada. Todos os livros que eu pegava acabavam sendo descartados após vinte páginas. Via defeito em tudo: não gostava da história, da narração, dos personagens, de nada. Vocês devem imaginar como é difícil para uma pessoa como eu, acostumada a ter sempre um livrinho na bolsa para todas as ocasiões ociosas, não conseguir ler. Não sei se era falta de motivação (embora seja difícil porque eu queria mesmo ler), ataque de nervos ou simplesmente eu estava mais crítica em relação à produção literária, mas o fato é que essa abstinência estava me deixando louca.

Foi então que eu vi na minha estante “piscando para mim” este livro de Harlan Coben. Eu já havia lido Cilada e tinha amado, então pensei, por que não? Afinal, já tinha tentado de tudo e nada me motivava a ler. Comecei despretensiosamente e para minha surpresa, após apenas três páginas eu estava fisgada. Não consegui parar. Li no ônibus indo para o trabalho, no horário de almoço, no ônibus da volta e quando cheguei em casa, tinha terminado. Que emoção. E que livro ótimo. O autor confirmou tudo que eu já pensava sobre ele tendo lido apenas uma obra. Que é genial, criativo, envolvente, emocionante, misterioso e cheio de suspense. Sua narrativa é fluida, de fácil compreensão e recheada de ação e suspeitas do início ao fim. O que estava faltando nos outros livros era me prenderem logo no início, adoro tramas que me cativam de imediato!

“Não conte a ninguém” é um romance policial de cinco estrelas para mais. Logo no começo, conhecemos o Dr. David Back e sua esposa Elizabeth, que voltam todo ano ao local de seu primeiro beijo para fazer uma marca na árvore próxima ao lago aonde começaram a sua história (sério, que romântico)! Porém o que eles não esperavam era serem atacados por um serial killer, que fere David e leva Elizabeth embora. Três dias depois, seu corpo é encontrado com diversos sinais de violência e com a letra K marcada a ferro no rosto (marca registrada do assassino). Oito anos se passam e o valente Dr. Beck ainda não consegue levar adiante sua vida sem sua amada. Porém, no dia do aniversário do primeiro beijo, ele recebe um estranho e-mail que pode por a prova sua convicção nos fatos daquele dia macabro. De repente sua certeza de que a mulher está morta começa a ruir e ele entrará numa corrida contra o tempo para provar a polícia que não matou Elizabeth.

Nada disso que eu escrevi é spoiler hein, está tudo na sinopse. O enredo é de tirar o fôlego, a cada nova página uma revelação, um personagem secundário que se mostra muito importante e uma pista para compor um intrigante quebra-cabeça montado por Coben. Não dá para dizer mais muito sobre a história porque a graça de todo o livro está no suspense e no mistério. Só posso recomendar muitíssimo que leiam alguma obra deste autor e se surpreendam com a qualidade de sua escrita.

Avaliação (de 1 a 5):

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